Alexander Justi Consultoria e Gestão em BIM

Metodologia BIM: ar renovado para a indústria construtiva

Metodologia BIM? O que é? Difícil é encontrar alguém no setor AECO que não tenha ouvido falar, porém, nem todos compreendem a dimensão do que essa metodologia pode fazer pela indústria construtiva. Leia mais neste post. O que é metodologia BIM? Até mesmo entre os profissionais do mercado, muita gente ainda confunde o Building Information Modeling com um software. Não se trata de um software. BIM é uma metodologia. Por metodologia podemos entender um corpo de regras e diligências estabelecidas para realizar algo, estudar caminhos para se chegar a um fim. Para o BIM, o objetivo de chegada é garantir mais eficiência ao setor construtivo com base em 3 pilares: pessoas, processos e tecnologia (aqui nesta perna do tripé entram os softwares). Entender o que é BIM de forma plena, compreendendo os 3 pilares, é fundamental para a implantação da metodologia nas empresas. O primeiro ponto importante que a metodologia BIM trouxe para as empresas é a digitalização completa dos processos de design de edifícios. Esse é um avanço importante já que a indústria da construção sempre foi a mais atrasada entre todas dos demais setores da economia. A metodologia BIM utiliza um modelo único 3D, carregado de informações, que permite projetar, construir, gerenciar e operar, possibilitando um fluxo de trabalho inteligente e colaborativo entre todas as disciplinas do setor AECO. A metodologia BIM em projetos traz ferramentas que possibilitam otimização de tempo dos processos, redução de custos e eficiência das construções, sejam elas edifícios industriais, empresariais ou residenciais e obras de infraestrutura. Pela sua ampla gama de recursos, percebe-se que não pode ser definido apenas como um conjunto de softwares, mas com todos esses componentes trabalhando juntos: são pessoas que agregam informações, que serão analisadas pelo software e que vão servir a processos integrados e compartilhados. Um dos exemplos de softwares desenvolvidos para dar suporte à metodologia BIM é o Revit, que é amplamente utilizado pelos arquitetos e engenheiros do mundo inteiro, inclusive aqui no Brasil. Políticas para uso do BIM O que se percebe em todos os países onde foi adotado é que BIM e gestão pública estão intimamente ligados quando a proposição é dar estímulo ao uso da metodologia. Na maioria dos países onde a metodologia foi implementada, a adoção foi amparada por decretos governamentais que estimularam o uso da plataforma como forma de modernizar o segmento construtivo. Benefícios do uso do BIM A primeira grande vantagem do BIM é permitir a reunião de todas as informações em um único modelo, permitindo o acesso a todos os envolvidos e facilitando a integração entre todas as disciplinas da edificação, mas há outros inúmeros benefícios: O BIM permite design mais aprimorado porque tem recursos avançados para a modelagem 3D. Desenhos podem ser vistos em todos os ângulos; Informações complexas podem ser incorporadas ao modelo para gerar novos desenhos; A metodologia permite simulações a partir das representações digitais que desenham cenários diversos e favorecem tomadas de decisão ainda no ambiente virtual. Isso é possível até mesmo para projetos mais complexos; Permite identificação de erros ainda no ambiente virtual e evita retrabalhos no ambiente físico; Suporta interoperabilidade entre diferentes domínios; Detecção de conflitos antes da realização da obra, com alterações processadas em tempo real e comunicada a todos os envolvidos; Melhora a comunicação, a colaboração e a transparência já que todos têm acesso e compartilham informações durante todo o ciclo de vida do projeto; Orçamentação precisa, com extração confiável de quantitativos e redução de desperdícios; Cronogramas exatos para todos os itens necessários ao projetos; Eficiência no desempenho das obras também reduz custos com futuras manutenções; Com obras entregues no prazo (ou antes) e orçamentos precisos que geram economias, a metodologia concede mais possibilidade de rentabilidade para clientes. BIM: metodologia é utilizada em diversos países Um breve raio-x dos países que já utilizam a metodologia BIM e apresentaram resultados eficientes para suas indústrias construtivas vão mostrar que na Europa, a Diretiva Europeia 2014/24 determinou que todas as administrações públicas utilizem processos digitais em sua indústria construtiva a fim de aumentar a eficiência, produtividade, valor da infraestrutura, qualidade das edificações e sustentabilidade. Atualmente, o Reino Unido, que utiliza a metodologia BIM desde 2016, é o líder mundial em seus processos construtivos. Todos os objetivos citados acima foram alcançados com os novos processos digitalizados. Seguem o mesmo exemplo os países nórdicos, em especial a Dinamarca, e outros como Alemanha, França, etc. Continente asiático e Oceania Outros locais onde a metodologia BIM na engenharia e arquitetura tem sido vastamente utilizada é no continente asiático. Em diversos fóruns, Singapura já anunciou que pretende ser o líder mundial da metodologia BIM e implantar a indústria construtiva mais rápida do mundo. Desde 2013, o governo exige envios eletrônicos para BIM para grandes projetos de construção, com mais de 20 mil metros quadrados. Em 2015, as exigências do BIM foram ampliadas para projetos acima de 5 mil metros quadrados. Enquanto isso, a Coreia do Sul também vem promovendo um processo de implantação do BIM que está colocando o país nos mesmos patamares da Europa e EUA. Desde 2016, já exige que o BIM seja utilizado em projetos com investimento superior a US$ 50 milhões. Já na Oceania, a Austrália está liderando o uso no continente. O uso do BIM já é exigido desde 2016. Américas A América do Norte, incluindo EUA e Canadá, é onde a metodologia BIM encontra uma de suas maiores participações de mercado, já que são países onde há um número muito grande de especialistas na metodologia, tanto arquitetos, engenheiros como empreiteiros, que já aderiram à inovação. Na América Latina, alguns países também já vêm se organizando e estimulando o uso da metodologia, como Costa Rica, Chile (um dos mais ativos), Colômbia, Argentina, México, Uruguai e Peru. Já no Brasil, o uso do BIM vem crescendo, mas promete se desenvolver muito mais a partir de 2021, quando a metodologia será exigência para novas obras e reformas nos Ministérios da Infraestrutura e Defesa. Essa determinação ficou estipulada no decreto 10.306, de instância federal, publicado em abril de 2020, mas que já foi uma sequência de um outro decreto assinado em 2018. BIM na modelagem da cidade As potencialidades da metodologia são tão eficientes que permitiram que seus usos ultrapassassem as fronteiras dos elementos das edificações. Atualmente, tem começado a ser conhecido as possibilidades da utilização do BIM na modelagem da cidade. Neste caso, o BIM é utilizado para a escala das cidades, com modelagem de elementos como estradas e ruas, redes elétricas, de água e esgoto, semáforos, etc , que pode permitir um urbanismo mais inteligente. Para ampliar essa zona de atuação do BIM, é preciso somar aos seus elementos dados de georreferenciamento, com dados topográficos e outras informações que fazem parte da estrutura de uma cidade. O sistema que proporciona o conhecimento desses dados é o GIS (Geographic Information System) ou SIG (Sistema de Informação Geográfico). Para permitir esses usos, a modelagem da cidade deve ser realizada em 3D, com banco de dados associados, como acontece com o BIM nos elementos de uma edificação. Com BIM + GIS nasce a plataforma CIM (City Information Modeling), que está amplamente ligada ao conceito de Cidades Inteligentes (Smart Cities). Melhor planejamento urbano O CIM, que também está dotado de simulações, como o BIM, permite a elaboração de um planejamento urbano a curto, médio e longo prazo, por 5, 10, 20 anos ou mais. Com a modelagem de seus elementos, diversas ações preventivas podem ser analisadas para uma cidade. Além disso, dentro do urbanismo, o bem-estar de uma cidade não pode ser planejada apenas com a limitação dos dados geográficos ou das edificações, a ação das pessoas sobre os ambientes também precisa ser considerada. O CIM vai permitir que as pessoas também sejam agentes ativos no planejamento de uma cidade a partir de recursos como a IoT, que possibilita a informação em tempo real sobre as condições das regiões da cidade por meio dos dispositivos conectados à internet. A partir de grandes dados coletados sobre a cidade por meio de Big Data, o CIM também vai permitir análises do presente e tendências do futuro acerca dos ambientes de uma cidade. Isso significa que a plataforma oferece muitos recursos para utilização correta dos governantes em relação às necessidades de sua população, como melhor mobilidade urbana, com oferta de transporte público de qualidade, trânsito organizado, qualidade do ar, sistemas de coleta de lixo, esgoto, luz e água eficientes, etc. Cidades pioneiras Apesar do termo ser assustadoramente novo, há cidades pioneiras que já utilizaram a modelagem 3D da cidade, como Helsinki (Finlândia) e Montreal (Canadá). Porém, a cidade finlandesa bate todas as outras no quesito pioneirismo. Em Helsinki, o primeiro modelo virtual foi desenvolvido quando BIM praticamente dava seus primeiros passos em 1987. Atualmente, a cidade conta com milhares de edifícios modelados e também utiliza a modelagem para facilitar o próprio planejamento urbano, controlando dados como simulações de tráfego e ações da defesa civil, bem como o gerenciamento do mapeamento urbano e licenças de construção. Também no Canadá, Quebec criou a base de seu modelo tridimensional em 1994, mas em 2009 deu um upgrade nesse processo com o uso do GIS, para dar à cidade uma ferramenta de comunicação que permite uma harmonia entre novas construções e edifícios de patrimônio histórico. Outras cidades norte-americanas também já são modeladas, como Chicago, Los Angeles, Miami, Las Vegas e São Francisco. Conclusão Percebe-se que a metodologia funciona realmente como uma lufada de ar fresco e renovado dentro da construção civil, demonstrando que a digitalização do setor pode alçá-lo a níveis antes inimagináveis, especialmente dentro do nosso país. Com o uso estimulado do BIM em 2021, espera-se que a indústria construtiva comece a ter os melhores resultados de sua história. Para profissionais que ainda não se renderam à ideia de que este é o futuro do setor (ou melhor dizendo, já é o presente), mas não querem ficar para trás no mercado, uma ideia é investir em qualificação. Portanto, um curso de metodologia BIM será mais do que útil neste momento, será imprescindível.

Metodologia BIM? O que é? Difícil é encontrar alguém no setor AECO que não tenha ouvido falar, porém, nem todos compreendem a dimensão do que essa metodologia pode fazer pela indústria construtiva. Leia mais neste post.

O que é metodologia BIM?

Até mesmo entre os profissionais do mercado, muita gente ainda confunde o Building Information Modeling com um software. Não se trata de um software. BIM é uma metodologia.

Por metodologia podemos entender um corpo de regras e diligências estabelecidas para realizar algo, estudar caminhos para se chegar a um fim. Para o BIM, o objetivo de chegada é garantir mais eficiência ao setor construtivo com base em 3 pilares: pessoas, processos e tecnologia (aqui nesta perna do tripé entram os softwares).

Entender o que é BIM de forma plena, compreendendo os 3 pilares, é fundamental para a implantação da metodologia nas empresas.

O primeiro ponto importante que a metodologia BIM trouxe para as empresas é a digitalização completa dos processos de design de edifícios. Esse é um avanço importante já que a indústria da construção sempre foi a mais atrasada entre todas dos demais setores da economia.

A metodologia BIM utiliza um modelo único 3D, carregado de informações, que permite projetar, construir, gerenciar e operar, possibilitando um fluxo de trabalho inteligente e colaborativo entre todas as disciplinas do setor AECO. 

A metodologia BIM em projetos traz ferramentas que possibilitam  otimização de tempo dos processos, redução de custos e eficiência das construções, sejam elas edifícios industriais, empresariais ou residenciais e obras de infraestrutura.

Pela sua ampla gama de recursos, percebe-se que não pode ser definido apenas como um conjunto de softwares, mas com todos esses componentes trabalhando juntos: são pessoas que agregam informações, que serão analisadas pelo software e que vão servir a processos integrados e compartilhados.

Um dos exemplos de softwares desenvolvidos para dar suporte à metodologia BIM é o Revit, que é amplamente utilizado pelos arquitetos e engenheiros do mundo inteiro, inclusive aqui no Brasil.

Políticas para uso do BIM

O que se percebe em todos os países onde foi adotado é que BIM e gestão pública estão intimamente ligados quando a proposição é dar estímulo ao uso da metodologia.

Na maioria dos países onde a metodologia foi implementada, a adoção foi amparada por decretos governamentais que estimularam o uso da plataforma como forma de modernizar o segmento construtivo.

Benefícios do uso do BIM

A primeira grande vantagem do BIM é permitir a reunião de todas as informações em um único modelo, permitindo o acesso a todos os envolvidos e facilitando a integração entre todas as disciplinas da edificação, mas há outros inúmeros benefícios:

  • O BIM permite design mais aprimorado porque tem recursos avançados para a modelagem 3D. Desenhos podem ser vistos em todos os ângulos;
  • Informações complexas podem ser incorporadas ao modelo para gerar novos desenhos;
  • A metodologia permite simulações a partir das representações digitais que desenham cenários diversos e  favorecem tomadas de decisão ainda no ambiente virtual. Isso é possível até mesmo para projetos mais complexos;
  • Permite identificação de erros ainda no ambiente virtual e evita retrabalhos no ambiente físico;
  • Suporta interoperabilidade entre diferentes domínios; 
  • Detecção de conflitos antes da realização da obra, com alterações processadas em tempo real e comunicada a todos os envolvidos;
  • Melhora a comunicação, a colaboração e a transparência já que todos têm acesso e compartilham informações durante todo o ciclo de vida do projeto;
  • Orçamentação precisa, com extração confiável de quantitativos e redução de desperdícios;
  • Cronogramas exatos para todos os itens necessários ao projetos;
  • Eficiência no desempenho das obras também reduz custos com futuras manutenções;
  • Com obras entregues no prazo (ou antes) e orçamentos precisos que geram economias, a metodologia concede mais possibilidade de rentabilidade para clientes.

BIM: metodologia é utilizada em diversos países

Um breve raio-x dos países que já utilizam a metodologia BIM e apresentaram resultados eficientes para suas indústrias construtivas vão  mostrar que na Europa, a Diretiva Europeia 2014/24 determinou que todas as administrações públicas utilizem processos digitais em sua indústria construtiva a fim de aumentar a eficiência, produtividade, valor da infraestrutura, qualidade das edificações e sustentabilidade.

Atualmente, o Reino Unido, que utiliza a metodologia BIM desde 2016, é o líder mundial em seus processos construtivos. Todos os objetivos citados acima foram alcançados com os novos processos digitalizados.

Seguem o mesmo exemplo os países nórdicos, em especial a Dinamarca, e outros como Alemanha, França, etc.

Continente asiático e Oceania

Outros locais onde a metodologia BIM na engenharia e arquitetura tem sido vastamente utilizada é no continente asiático. 

Em diversos fóruns, Singapura já anunciou que pretende ser o líder mundial da metodologia BIM e implantar a indústria construtiva mais rápida do mundo. Desde 2013, o governo exige envios eletrônicos para BIM para grandes projetos de construção, com mais de 20 mil metros quadrados. Em 2015, as exigências do BIM foram ampliadas para projetos acima de 5 mil metros quadrados.

Enquanto isso, a Coreia do Sul também vem promovendo um processo de implantação do BIM que está colocando o país nos mesmos patamares da Europa e EUA. Desde 2016, já exige que o BIM seja utilizado em projetos com investimento superior a US$ 50 milhões.

Já na Oceania, a Austrália está liderando o uso no continente. O uso do BIM já é exigido desde 2016.

Américas

A América do Norte, incluindo EUA e Canadá, é onde a metodologia BIM encontra uma de suas maiores participações de mercado, já que são países onde há um número muito grande de especialistas na metodologia, tanto arquitetos, engenheiros como empreiteiros, que já aderiram à inovação. 

Na América Latina, alguns países também já vêm se organizando e estimulando o uso da metodologia, como Costa Rica, Chile (um dos mais ativos), Colômbia, Argentina, México, Uruguai e Peru.

Já no Brasil, o uso do BIM vem crescendo, mas promete se desenvolver muito mais a partir de 2021, quando a metodologia será exigência para novas obras e reformas nos Ministérios da Infraestrutura e Defesa. Essa determinação ficou estipulada no decreto 10.306, de instância federal, publicado em abril de 2020, mas que  já foi uma sequência de um outro decreto assinado em 2018.

BIM na modelagem da cidade

As potencialidades da metodologia são tão eficientes que permitiram que seus usos ultrapassassem as fronteiras dos elementos das edificações. Atualmente, tem começado a ser conhecido as possibilidades da utilização do BIM na modelagem da cidade.

Neste caso, o BIM é utilizado para a escala das cidades, com modelagem de elementos como estradas e ruas, redes elétricas, de água e esgoto, semáforos, etc , que pode permitir um urbanismo mais inteligente. 

Para ampliar essa zona de atuação do BIM, é preciso somar aos seus elementos dados de georreferenciamento, com dados topográficos e outras informações que fazem parte da estrutura de uma cidade. O sistema que proporciona o conhecimento desses dados é o GIS (Geographic Information System) ou SIG (Sistema de Informação Geográfico). Para permitir esses usos, a modelagem da cidade deve ser realizada em 3D, com banco de dados associados, como acontece com o BIM nos elementos de uma edificação. Com BIM + GIS nasce a plataforma CIM (City Information Modeling), que está amplamente ligada ao conceito de Cidades Inteligentes (Smart Cities).

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Melhor planejamento urbano

O CIM, que também está dotado de simulações, como o BIM, permite a elaboração de um planejamento urbano a curto, médio e longo prazo, por 5, 10, 20 anos ou mais. Com a modelagem de seus elementos, diversas ações preventivas podem ser analisadas para uma cidade.

Além disso, dentro do urbanismo, o bem-estar de uma cidade não pode ser planejada apenas com a limitação dos dados geográficos ou das edificações, a ação das pessoas sobre os ambientes também precisa ser considerada.

O CIM vai permitir que as pessoas também sejam agentes ativos no planejamento de uma cidade a partir de recursos como a IoT, que possibilita a informação em tempo real sobre as condições das regiões da cidade por meio dos dispositivos conectados à internet.

A partir de grandes dados coletados sobre a cidade por meio de Big Data, o CIM também vai permitir análises do presente e tendências do futuro acerca dos ambientes de uma cidade.

Isso significa que a plataforma oferece muitos recursos para utilização correta dos governantes em relação às necessidades de sua população, como melhor mobilidade urbana, com oferta de transporte público de qualidade, trânsito organizado,  qualidade do ar, sistemas de coleta de lixo, esgoto, luz e água eficientes, etc.

Cidades pioneiras

Apesar do termo ser assustadoramente novo, há cidades pioneiras que já utilizaram a modelagem 3D da cidade, como Helsinki (Finlândia) e Montreal (Canadá). Porém, a cidade finlandesa bate todas as outras no quesito pioneirismo.

Em Helsinki, o primeiro modelo virtual foi desenvolvido quando BIM praticamente dava seus primeiros passos em 1987. Atualmente, a cidade conta com milhares de edifícios modelados e também utiliza a modelagem para facilitar o próprio planejamento urbano, controlando dados como simulações de tráfego e ações da defesa civil, bem como o gerenciamento do mapeamento urbano e licenças de construção.

Também no Canadá, Quebec criou a base de seu modelo tridimensional em 1994, mas em 2009 deu um upgrade nesse processo com o uso do GIS, para dar à cidade uma ferramenta de comunicação que permite uma harmonia entre novas construções e edifícios de patrimônio histórico.

Outras cidades norte-americanas também já são modeladas, como Chicago, Los Angeles, Miami, Las Vegas e São Francisco.

Conclusão

Percebe-se que a metodologia funciona realmente como uma lufada de ar fresco e renovado dentro da construção civil, demonstrando que a digitalização do setor pode alçá-lo a níveis antes inimagináveis, especialmente dentro do nosso país. Com o uso estimulado do BIM em 2021, espera-se que a indústria  construtiva comece a ter os melhores resultados de sua história.

Para profissionais que ainda não se renderam à ideia de que este é o futuro do setor (ou melhor dizendo, já é o presente), mas não querem ficar para trás no mercado, uma ideia é investir em qualificação. Portanto, um curso de metodologia BIM será mais do que útil neste momento, será imprescindível. 

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O BIM Mandate pode ter duas interpretações: o documento (Manual do BIM) que detalha aspectos de modelagem ou mandato BIM, que é um padrão que estabelece políticas de implementação da metodologia em certos países. Neste aspecto, o BIM Mandate Brasil é a Estratégia BIM BR, lançada pelo decreto 10.306, de abril de 2020. No decreto, o governo federal estabeleceu a utilização do Building Information Modeling na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizada pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal, no âmbito da Estratégia Nacional de Disseminação do Building Information Modelling- Estratégia BIM BR, instituída pelo Decreto nº 9.983, de 22 de agosto de 2019. Neste post, vamos focar no Manual BIM, que é essencial para os projetos do setor, pois é a definição dos fornecedores ou construtoras sobre as necessidades de informação da estrutura do modelo e vai orientar todo o processo de desenvolvimento do projeto. Leia o post até o final para entender melhor o BIM Mandate, que pode também ajudar as empresas nas contratações de projetos. O que é BIM? Antes de falar de BIM Mandate (Manual BIM), vamos entender o que é BIM (Building Information Modeling). Essa é uma metodologia que envolve um processo inteligente e colaborativo, baseado em um modelo 3D único para a indústria da Arquitetura, Engenharia e Construção. Como o modelo é único, o processo é totalmente colaborativo entre as disciplinas permitindo projetar, analisar, planejar, gerenciar e operar sistemas de construção de uma forma muito mais rápida e segura do que os métodos tradicionais. Além disso, o BIM também possibilita redução de custos e de tempo de execução de obra, permitindo agregar muito mais valor aos projetos do setor construtivo. No mundo, a necessidade da metodologia vem crescendo de tal forma que, além das edificações, também tem sido utilizado o BIM na modelagem das cidades. Para que serve BIM Mandate? Vamos ao BIM Mandate ou Manual BIM: é um documento essencial porque vai orientar as equipes tanto na identificação quanto na execução de cada fase do ciclo de vida do projeto. Normalmente, é utilizado por uma construtora, empresa de projetos ou setor do órgão público com suas regras gerais de trabalho em BIM. Por meio deste documento, criado antes de iniciar o projeto, todos os padrões de construção são definidos e especificados pelos fornecedores (escritórios de arquitetura ou engenharia) ou empreiteiras. São formas únicas de realizar o procedimento para modelagem. Funciona como um manual pré-definido, sendo Open BIM para trabalhar com a interoperabilidade, que se dá por um ambiente colaborativo por meio de IFC (Industry Foundation Classes), que é um formato que permite o intercâmbio de informções. Também pode ser com BIM exclusivo (especialmente para a iniciativa privada) quando é utilizado somente determinados softwares nativos da mesma plataforma, como o Archicad ou Revit. Confusão entre BEP e BIM Mandate Há também uma certa confusão no mercado quando associam o BIM Mandate como BEP (Plano de Execução BIM). Enquanto o Manual BIM vai apresentar as regras gerais pré-definidas do trabalho com base no BIM, o BEP é criado a cada projeto, como foco em um produto específico, de contrato a contrato, para definir plano de implementação do BIM para aquele projeto, usos, processos, coleta de informações, responsabilidades e funções, softwares, cronograma, documentos, etc. BIM Mandate: exemplo do que deve constar Quando um escritório de arquitetura ou engenharia tem o seu próprio BIM Mandate pode agregar valor ao trabalho que vai oferecer aos seus clientes, porque demonstra que essas diretrizes podem promover um potencial de eficácia aos resultados do projeto. O processo de levantar informações sobre gargalos, custos e estimativas de melhorias por si só já agrega valor aos trabalhos das empresas que têm um BIM Mandate porque pode demonstrar que está compatível com as exigências e especificidades do mercado construtivo. Neste BIM Mandate estarão destacados detalhes das variadas etapas dentro do ciclo de vida do projeto BIM. Veja as informações que deverão constar no documento e serão disponibilizadas à equipe: Definição dos usos do modelo BIM e diretrizes de Modelagem; Definições de Projeto; Padronização de nomenclaturas de: materiais, bibliotecas, arquivos, etc; LOD (Nível de Desenvolvimento do modelo em cada etapa de entrega); LOI (Nível de Informação); Planejamento (BIM 4D); Orçamentação (BIM 5D); Coordenação de Projetos; Diretrizes de interoperabilidade; Entregáveis BIM; Utilização vinculada à EAP. Conclusão O BIM Mandate é recomendado para a fase anterior ao início do projeto porque certamente servirá para garantir muito mais estrutura aos dados e processos necessários. Dessa forma, tanto o planejamento quanto desenvolvimento do projeto tendem a ser muito mais organizados e eficientes. Vale a pena produzir o documento.

BIM Mandate: entenda o que é

O BIM Mandate pode ter duas interpretações: o documento (Manual do BIM) que detalha aspectos de modelagem ou mandato BIM, que é um padrão que