Alexander Justi Consultoria e Gestão em BIM

O que levar em consideração na hora de comprar uma placa de vídeo?

“Escolher novos componentes para turbinar o PC é sempre uma alegria, mas filtrar os tantos modelos e adquirir um produto realmente evoluído é uma tarefa difícil. No caso das placas de vídeo, o processo é ainda mais demorado e minucioso. Você deve considerar diversas especificações, avaliar inúmeros benchmarks e ainda buscar um produto com preço acessível.

Quem nunca passou por isso não faz ideia de como é complicado encontrar a placa perfeita. Pensando nisso, elaboramos um apanhado geral sobre o que levar em consideração na hora de comprar uma placa de vídeo.

 

AMD ou NVIDIA? ASUS ou MSI?

Se você está ligado nas notícias de hardware, deve saber que a AMD e a NVIDIA são as duas principais fabricantes de chips gráficos. Pois é, essas duas marcas são famosas, porém você dificilmente encontrará uma placa de vídeo desenvolvida por uma das empresas. Elas produzem apenas o “núcleo” das placas, deixando a montagem para outras companhias.

O que levar em consideração na hora de comprar uma placa de vídeo? (Fonte da imagem: Reprodução/NVIDIA)

O mercado está saturado de montadoras: ASUS, MSI, ECS, Sapphire e Powercolor são apenas algumas das tantas que atuam neste ramo. Elas combinam processador, módulos de memória, controladores, coolers e diversos outros componentes em uma única placa. Existem diversos modelos de placas, o que resulta em uma grande confusão para o comprador.

Algumas montadoras produzem placas apenas com chips da AMD, outras apenas com itens da NVIDIA e há também aquelas que trabalham com componentes das duas fabricantes. Para falar a verdade, a marca não vai fazer muita diferença, pois o que importa é executar o jogo com boa qualidade e desempenho.

O que levar em consideração na hora de comprar uma placa de vídeo? (Fonte da imagem: Divulgação/Sapphire)

Então não existe diferença? Claro que existe! Você deve conferir benchmarks em sites especializados para averiguar qual marca possui melhor desempenho. Algumas montadoras oferecem placas com overclock na GPU e na memória — geralmente são modelos mais robustos, mas também têm preços elevados.

 

Números e mais números

Os nomes das placas não são muito amigáveis e, às vezes, os números mais complicam do que ajudam. Geralmente, um número maior indica desempenho superior, mas essa não é uma regra geral. A GeForce GTX 680 é mais avançada do que a GTX 580; por outro lado, a GTX 670 perde para a GTX 590. Não dá para fazer comparações apenas levando esses números em conta.

Assim, você deve ter em mente que existem diferentes gerações de placas. As fabricantes oferecem uma enorme gama de modelos em cada série para atender aos diferentes perfis. Dentro de cada conjunto, a tendência é que os maiores números indiquem maior desempenho — mas é preciso atentar para alguns detalhes.

O que levar em consideração na hora de comprar uma placa de vídeo? (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Detalhamos todo este assunto no artigo “A escolha certa: como funcionam as nomenclaturas das placas de vídeo”. Depois de conferir o texto e tirar todas as suas dúvidas, vale visitar as tabelas com todos os modelos e especificações das placas, pois fica muito mais fácil compreender os detalhes expostos neste artigo.

  • Tabela comparativa das placas de vídeo da AMD/ATI
  • Tabela comparativa das placas de vídeo da NVIDIA

É hora de filtrar!

Agora, que você já entende sobre as nomenclaturas e tem consciência de que números nem sempre indicam potência, vamos aos principais fatores que você deve observar na hora de escolher a placa.

1) Memória

O papel da memória é armazenar texturas e dados que serão processados pelo chip gráfico. Em jogos pesados, a quantidade de memória é fundamental, pois a GPU necessita de muito espaço para guardar as informações. Quer um exemplo? Total War: Shogun 2 tem cenários e personagens recheados de detalhes. Neste jogo, uma placa com 3 GB faz toda a diferença.

Também não adianta escolher qualquer placa com 2 GB pensando que isso fará o game rodar perfeitamente. Muitas placas de vídeo com 512 MB superam modelos de 1 GB e até de 2 GB. Como? A largura de banda da memória influencia diretamente na performance. Componentes com interface de 256 bits superam outros que trabalham com 128 bits.

O que levar em consideração na hora de comprar uma placa de vídeo? (Fonte da imagem: Divulgação/ASUS)

Além disso, é preciso levar em consideração o clock da memória, pois este valor associado à interface resulta na taxa de transferência máxima — o que faz grande diferença durante a execução de jogos. Veja como você pode calcular a taxa de transferência da memória:

[número de bits] x [frequência da memória] / 8

Bom, se você está comprando uma placa básica, vale ficar atento ao tipo de memória. Algumas fabricantes ainda oferecem placas de vídeo com memória DDR3. Evite esse tipo de placa, pois o desempenho é muito inferior quando comparado a uma com módulos do tipo GDDR5.

2) Frequências

Antes de qualquer coisa, vale salientar que não é muito lógico comparar placas da AMD e da NVIDIA usando apenas o clock do processador como referência. Aliás, nem mesmo em comparações de uma mesma série é possível utilizar este fator como única importância.

Você até pode comparar dois modelos da AMD (ou da NVIDIA) utilizando este aspecto como base, entretanto, a comparação só faz sentido quando outras características são idênticas. Por exemplo: a Radeon HD 6850 e a Radeon HD 6870 possuem especificações muito parecidas. Nesse caso, você pode admitir que, por conta das frequências, a Radeon HD 6870 é melhor.

O que levar em consideração na hora de comprar uma placa de vídeo? (Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Todavia, assim como os processadores comuns, os chips gráficos têm uma série de especificações que implicam diretamente no desempenho. Por exemplo: a Radeon HD 6770 trabalha a 850 MHz, enquanto a Radeon HD 6850 opera a 775 MHz. É claro que a Radeon HD 6770 realiza mais cálculos por segundo, mas isso não significa que ela é melhor.

A performance em jogos depende, entre outros fatores, da frequência da GPU, mas esse não é o único parâmetro. Uma placa equipada com uma Radeon HD 6850 apresentará desempenho superior, pois essa unidade gráfica trabalha com largura de banda da memória de 256 bits — o que aumenta a quantidade de dados que podem trafegar.

 

Qual é o seu perfil?

Perfil doméstico

Se você é um usuário que utiliza seu computador apenas para navegar na internet, criar documentos, ouvir músicas e realizar tarefas simples, saiba que a aquisição de uma boa placa de vídeo não é necessária para seu perfil. Todas as tarefas que você quiser realizar são possíveis em uma simples placa onboard, que você já deve possuir em seu computador.

O que levar em consideração na hora de comprar uma placa de vídeo? (Fonte da imagem: Divulgação/AMD)

Perfil profissional básico

Se você trabalha com edição de imagens e vídeos ou outras tarefas na parte de design, não tenha dúvida que uma placa de vídeo offboard é fundamental para você. É importante optar pelo menos por uma placa intermediária, visto que alguns programas — como o Adobe Photoshop — trabalham com ferramentas tridimensionais e podem desfrutar da GPU.

Perfil gamer

Como o próprio nome sugere, os usuários que se encaixam neste grupo são aqueles que procuram se divertir com os mais diversos tipos de games. Obviamente que você não precisa da melhor placa disponível no mercado para executar os jogos mais recentes, porém, caso esteja procurando por tecnologias recentes, uma placa top talvez seja a mais indicada.

O que levar em consideração na hora de comprar uma placa de vídeo? (Fonte da imagem: Divulgação/ASUS)

Perfil entusiasta

Você adora ter o melhor e não pode viver sem overclock? Então, você é um entusiasta! Não pense duas vezes, somente as placas mais recentes vão atender suas necessidades — provavelmente uma placa com duas GPUs é o mais indicado. Talvez, seja interessante até optar por uma configuração SLI ou CrossFire.

Perfil profissional avançado

Se você deseja montar um estúdio para edição de vídeos em alta definição ou para criação de animações profissionais, então, você se encaixa neste perfil. Placas comuns da série GeForce e Radeon não atendem suas necessidades. Opte por componentes mais robustos, como a ATI FirePro ou a NVIDIA Quadro.”

O que levar em consideração na hora de comprar uma placa de vídeo? (Fonte da imagem: Divulgação/NVIDIA)

Leve em consideração!

Monitor

Independente do seu perfil, antes de adquirir uma placa é crucial que você defina qual monitor será instalado em seu computador. Uma placa de alto desempenho pode ser um esbanjo para quem possui um monitor de baixa resolução.

Da mesma forma, uma unidade gráfica de baixa performance não é recomendada para telas de alta definição. Por quê? É interessante sempre utilizar a resolução máxima suportada pelo display. Com uma placa mais fraca, a taxa de quadros pode cair consideravelmente em alta resolução. Além disso, você não vai querer enxergar os pixels e ter gráficos distorcidos.

DirectX, Shader, OpenGL

Se você quer melhorar seu PC para aproveitar os games mais recentes, então, você precisa se lembrar de que os jogos mais avançados são desenvolvidos a partir das possibilidades abertas por novas tecnologias. Isso significa que a compatibilidade com as versões mais recentes do DirectX, do OpenGL e do Shader Model é uma característica essencial.

O que levar em consideração na hora de comprar uma placa de vídeo?

(Fonte da imagem: Divulgação/OpenGL)

Graças ao suporte para novas bibliotecas, você poderá desfrutar de recursos avançados, como o Tesselation. Evidentemente, antes de comprar sua placa, vale conferir alguns benchmarks para ter certeza de que ela oferece bons resultados com a utilização de tecnologias mais avançadas. Uma GPU muito básica vai sofrer para renderizar gráficos detalhados.

Conexões

Muitas das atuais placas gráficas trazem saídas HDMI. Todavia, algumas vêm equipadas com DisplayPort. Vale ficar atento à quantidade e ao tipo de conector, pois é complicado ficar utilizando adaptadores posteriormente. Claro, se você pretende trocar seu monitor em breve, então, já vale adquirir uma placa com o tipo de conexão necessário.

O que levar em consideração na hora de comprar uma placa de vídeo? (Fonte da imagem: Reprodução/Toms Hardware)

Além disso, você deve ficar ligado nas conexões de energia necessárias. Placas mais robustas requisitam um ou dois cabos de energia separados. Conforme o modelo, esse cabos podem ser de 6 ou 8 pinos. Geralmente, os componentes vêm com adaptadores, porém vale observar se sua fonte tem pelo menos um dos tipos necessários.

 

Escolha a sua!

Nossas sugestões acabam aqui. Essas orientações são apenas dicas gerais e recomendamos que você busque se informar diariamente sobre o assunto. Vale dar uma pesquisada mais profunda nos aspectos específicos de cada modelo. Além disso, procure acompanhar os benchmarks e ler análises, pois assim você tem como saber qual é o melhor modelo.

A fonte de energia também deve ser eficiente, afinal, não adianta adquirir uma placa se não há alimentação suficiente. E tenha em mente: nem sempre o mais caro é o melhor para você. Pode ser que uma placa mais barata atenda as suas necessidades e execute jogos em boa qualidade. Muitas vezes, sacrificar um pouco de desempenho pode poupar muito dinheiro.

Fonte: http://www.tecmundo.com.br/placa-de-video/1023-o-que-levar-em-consideracao-na-hora-de-comprar-uma-placa-de-video-.htm#ixzz2kZliNxDu

Compartilhe

Mais Posts

O BIM Mandate pode ter duas interpretações: o documento (Manual do BIM) que detalha aspectos de modelagem ou mandato BIM, que é um padrão que estabelece políticas de implementação da metodologia em certos países. Neste aspecto, o BIM Mandate Brasil é a Estratégia BIM BR, lançada pelo decreto 10.306, de abril de 2020. No decreto, o governo federal estabeleceu a utilização do Building Information Modeling na execução direta ou indireta de obras e serviços de engenharia realizada pelos órgãos e pelas entidades da administração pública federal, no âmbito da Estratégia Nacional de Disseminação do Building Information Modelling- Estratégia BIM BR, instituída pelo Decreto nº 9.983, de 22 de agosto de 2019. Neste post, vamos focar no Manual BIM, que é essencial para os projetos do setor, pois é a definição dos fornecedores ou construtoras sobre as necessidades de informação da estrutura do modelo e vai orientar todo o processo de desenvolvimento do projeto. Leia o post até o final para entender melhor o BIM Mandate, que pode também ajudar as empresas nas contratações de projetos. O que é BIM? Antes de falar de BIM Mandate (Manual BIM), vamos entender o que é BIM (Building Information Modeling). Essa é uma metodologia que envolve um processo inteligente e colaborativo, baseado em um modelo 3D único para a indústria da Arquitetura, Engenharia e Construção. Como o modelo é único, o processo é totalmente colaborativo entre as disciplinas permitindo projetar, analisar, planejar, gerenciar e operar sistemas de construção de uma forma muito mais rápida e segura do que os métodos tradicionais. Além disso, o BIM também possibilita redução de custos e de tempo de execução de obra, permitindo agregar muito mais valor aos projetos do setor construtivo. No mundo, a necessidade da metodologia vem crescendo de tal forma que, além das edificações, também tem sido utilizado o BIM na modelagem das cidades. Para que serve BIM Mandate? Vamos ao BIM Mandate ou Manual BIM: é um documento essencial porque vai orientar as equipes tanto na identificação quanto na execução de cada fase do ciclo de vida do projeto. Normalmente, é utilizado por uma construtora, empresa de projetos ou setor do órgão público com suas regras gerais de trabalho em BIM. Por meio deste documento, criado antes de iniciar o projeto, todos os padrões de construção são definidos e especificados pelos fornecedores (escritórios de arquitetura ou engenharia) ou empreiteiras. São formas únicas de realizar o procedimento para modelagem. Funciona como um manual pré-definido, sendo Open BIM para trabalhar com a interoperabilidade, que se dá por um ambiente colaborativo por meio de IFC (Industry Foundation Classes), que é um formato que permite o intercâmbio de informções. Também pode ser com BIM exclusivo (especialmente para a iniciativa privada) quando é utilizado somente determinados softwares nativos da mesma plataforma, como o Archicad ou Revit. Confusão entre BEP e BIM Mandate Há também uma certa confusão no mercado quando associam o BIM Mandate como BEP (Plano de Execução BIM). Enquanto o Manual BIM vai apresentar as regras gerais pré-definidas do trabalho com base no BIM, o BEP é criado a cada projeto, como foco em um produto específico, de contrato a contrato, para definir plano de implementação do BIM para aquele projeto, usos, processos, coleta de informações, responsabilidades e funções, softwares, cronograma, documentos, etc. BIM Mandate: exemplo do que deve constar Quando um escritório de arquitetura ou engenharia tem o seu próprio BIM Mandate pode agregar valor ao trabalho que vai oferecer aos seus clientes, porque demonstra que essas diretrizes podem promover um potencial de eficácia aos resultados do projeto. O processo de levantar informações sobre gargalos, custos e estimativas de melhorias por si só já agrega valor aos trabalhos das empresas que têm um BIM Mandate porque pode demonstrar que está compatível com as exigências e especificidades do mercado construtivo. Neste BIM Mandate estarão destacados detalhes das variadas etapas dentro do ciclo de vida do projeto BIM. Veja as informações que deverão constar no documento e serão disponibilizadas à equipe: Definição dos usos do modelo BIM e diretrizes de Modelagem; Definições de Projeto; Padronização de nomenclaturas de: materiais, bibliotecas, arquivos, etc; LOD (Nível de Desenvolvimento do modelo em cada etapa de entrega); LOI (Nível de Informação); Planejamento (BIM 4D); Orçamentação (BIM 5D); Coordenação de Projetos; Diretrizes de interoperabilidade; Entregáveis BIM; Utilização vinculada à EAP. Conclusão O BIM Mandate é recomendado para a fase anterior ao início do projeto porque certamente servirá para garantir muito mais estrutura aos dados e processos necessários. Dessa forma, tanto o planejamento quanto desenvolvimento do projeto tendem a ser muito mais organizados e eficientes. Vale a pena produzir o documento.

BIM Mandate: entenda o que é

O BIM Mandate pode ter duas interpretações: o documento (Manual do BIM) que detalha aspectos de modelagem ou mandato BIM, que é um padrão que